A pandemia da Covid-19 escancarou o que já era conhecido, mas por tantos ignorado: no Brasil a grande maioria é pobre (metade dos brasileiros vive com renda inferior a R$ 415,00 por mês, de acordo com o IBGE) e as desigualdades de renda, moradia, aprendizagem, trabalho digno e acesso a serviços públicos são abissais. Tudo isso contribui para indica
dores de saúde lamentáveis: por exemplo, doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, atingem um grande contingente da população (47% dos que têm menos de 65 anos apresentam fatores agravantes da Covid-19, de acordo com pesquisa da Unifesp).
É muito grande a vulnerabilidade da sociedade brasileira a crises econômicas e sanitárias, como a atual demonstra de modo definitivo. A vulnerabilidade tende a se agravar à medida que a sociedade brasileira envelhece rápido (a população com mais de 65 anos dobrará até em 2050, segundo o IBGE) sem conseguir superar os problemas da desigualdade e da pobreza. Estamos envelhecendo mal e precocemente.
Esse é o pano de fundo do Webinar que foi transmitido hoje (25/06) pela Fundação FHC, com dois renomados médicos que conhecem na teoria e na prática as relações entre envelhecimento e saúde pública sob uma perspectiva internacional, com especial enfoque nos países em desenvolvimento, em geral, e no Brasil, em particular.
Para assistir o encontro virtual completo, que contou com a participação do Prof. Alexandre Kalache (Presidente do ILC-BR) e da Dra. Karla Giacomin (Ponto Focal do ILC-BR),
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